Mercado de Transferências

Estamos adentrando a Temporada 79 e muita coisa ainda está por rolar nas competições. O Mercado de Transferências já passou pela movimentação de intertemporada e agora volta ao seu estado mais morno.

Uma mudança significativa nessa temporada em relação às anteriores foi o preço mais elevado na compra e venda de jogadores jovens, sobretudo os recém-profissionalizados de 19 anos. Como trouxemos aqui na semana passada, a maioria dos valores foi acima da média até então registrada, num movimento claro dos dirigentes brasileiros: todos querem formar jovens jogadores.

Essa movimentação tem fundamento, e é isso que vamos mostrar na matéria de hoje: 5 jogadores negociados pelo MAZER F.C. nas duas últimas temporadas servirão de exemplo pra visualizarmos por qual motivo os preços e procura desses jogadores cada vez sobem mais.

Além, claro, da inflação generalizada que acomete o mercado, há alguns fatores que fazem a compra desses jogadores ser interessante. Vejamos pelo nosso primeiro analisado:



Há cerca de um ano, eu fazia compras depois da minha primeira temporada após o retorno ao MZ. Joaquim Amorim foi um dos primeiros jovens que comprei para formar uma base jovem de revenda. É H3 em Chute e mais algum dos físicos, e L2 em atributos não essenciais pra sua posição.

Na época, era um jogador com 9 Chute e 3 ou 4 nos físicos, além de Controle de Bola. Tinha um treinamento muito rápido.

Duas temporadas depois, com dois CTs e muitas bolas ganhas, foi vendido por 8 milhões para um clube estrangeiro. Permanece lá até hoje, disputando as categorias subs. Geralmente o comprador desse tipo de jogador para revenda são justamente as equipes que disputam estas competições.

O valor aqui veio, claro, da sorte de alcançar mais dois atributos em 9 (à época da venda, já tinha essa garantia). O fator de valorização está aí: se o jogador chega longe nos físicos + atributo principal, sobe em preço.



João Augusto Linares foi outro exemplo dessa movimentação de valorização. Comprado e vendido no mesmo período que o jogador anterior, coincidentemente foi vendido para a mesma equipe estrangeira. Vem se tornando um excelente defensor, e ainda treina Inteligência e Passe Curto, já que era L2 (não nesses atributos).

Outro caso de jogador comprado por nada e que com sorte, alcançou outros atributos 9. Ele era H3 em VEL/CB, ou seja, teria só Resistência e Desarme a serem treinados para valorizar. Alcançou 9 em ambos.



Esse trabalho de "recuperação" de jogadores, sejam eles mal treinados ou só mesmo mal aproveitados pelos clubes formadores não abrange apenas jogadores com raio. Esse defensor foi comprado sem raio, de um clube que o recebeu em sua criação. Com algumas bolas nos físicos e em Desarme, foi possível lucrar 5 milhões em um espaço de menos de duas temporadas.

A aposta em jogadores sem raio é uma faca de dois gumes: pode dar certo, como deu nesse caso, mas em tantos outros, dá errado. Digo com propriedade que pra cada um desse que sai, 7, 8 vão maximizar precocemente em algum atributo importante. De qualquer forma, ganha-se na quantidade.



Jogadores com maximizações importantes também podem ser aproveitados, caso sejam úteis nas categorias subs. É o caso de Marcelo Munhoz, que até foi apresentado em uma matéria do Mercado de Transferências quando foi comprado, há duas temporadas.

É um ponta maximizado em 6 de Controle de Bola, mas que ainda treina Inteligência e Passe Curto, e pode desempenhar muito bem nas subs com boost no atributo "fraco". Aqui, o valor ganho não é na perspectiva de futuro, mas na realidade que pode apresentar.



Por fim, um jogador que exemplifica a busca por zagueiros jovens, cada vez mais escassos no mercado. Promissor, sem dúvida, mas ainda com muito a evoluir. Mesmo assim, garantiu um lucro bruto de quase três milhões em duas temporadas.




Como puderam ver, todos os valores de compra foram relativamente baixos. E é aí que as coisas mudam a partir dessa temporada: está ficando cada vez mais difícil comprar por valores tão baixos, por conta da concorrência. O resultado é simples: jogadores de 19 anos saindo por valores mais altos, o que irá diluir totalmente o lucro bruto obtido na revenda, caso seja o planejamento do comprador.

No médio prazo, poderemos perceber se essa inflação se rebate na revenda, ou se o dinheiro investido irá se diluir nos jogadores que não alcançarem esses patamares, maximizando cedo em atributos importantes, desperdiçando seu valor de mercado.

Ainda vale comprar jovens no mercado atual? E revender seus promissores? Comente no Talk a respeito da sua opinião!


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